Estudantes da EFAORI juntamente com o professor Luciano e o Presidente do Centro Social Rural de Orizona, Antônio Baiano, participaram do laçamento do PRONACAMPO na terça feira passada (20 de março). Abaixo a matéria completa publicada no Blog Orizona em Foco, por seu brilhante editor Anselmo de Lima, atual Vice-Presidente do CSRO.
"O blog Orizona em Foco participou como convidado, através de seu editor Anselmo de Lima, do lançamento do Pronacampo - Programa Nacional de Educação do Campo, programa de governo que pretende proporcionar às gerações futuras mais oportunidades por melhorar a qualidade da educação na área rural e que segundo a presidenta Dilma Rousseff, é também uma estratégia de combate à pobreza.
"O blog Orizona em Foco participou como convidado, através de seu editor Anselmo de Lima, do lançamento do Pronacampo - Programa Nacional de Educação do Campo, programa de governo que pretende proporcionar às gerações futuras mais oportunidades por melhorar a qualidade da educação na área rural e que segundo a presidenta Dilma Rousseff, é também uma estratégia de combate à pobreza.
O
lançamento do Pronacampo foi feito por Dilma Rousseff e pelo ministro
da Educação, Aloizio Mercandante. Na solenidade estavam presentes o
presidente da Câmara Marco Maia, a ministra da Casa Civil Gleice
Hoffmann, além de deputados, senadores, ministros de Estado e
governadores (entre eles o governador de Goiás Marconi Perillo), e
também diversas lideranças de movimentos sociais do campo que inclusive
participaram do processo de elaboração do programa.
O
monitor Luciano Alves Ferreira, juntamente com 15 estudantes da EFAORI -
Escola Família Agrícola de Orizona, participaram do evento, que
aconteceu na manhã desta terça-feira (20) no Salão Nobre do Palácio do
Planalto. Os mesmos foram convidados diretamente e especialmente pelo
ministério da Educação, que os acolheram de forma especial. Para se ter
uma idéia, os jovens orizonenses já estavam sendo aguardados pelo
cerimonial e sequer tiveram que passar protocolo de entrada no palácio
presidencial.
José Wilson Gonçalves, da CONEC, em fala pelos movimentos sociais do campo. (Foto: Anselmo de Lima) |
O
vice-prefeito de Orizona Antônio Baiano e a secretária administrativa
da UNEFAB - União Nacional da Escola Família Agrícola do Brasil,
atualmente sediada em Orizona, também participaram da solenidade de
lançamento do Pronacampo. Baiano e Iara, que são integrantes do FONEC -
Fórum Nacional de Educação do Campo, inclusive reuniram em outras
ocasiões com Aloizio Mercadante, para discutir com o ministro sobre o
conteúdo do programa.
Outro
que participou da elaboração do Pronacampo foi Luiz Peixoto, assessor
pedagógico da UNEFAB e que residiu no município de Orizona por quase
dois anos. Luiz, que representa a UNEFAB na CONEC - Comissão Nacional de
Educação do Campo, chegou a elaborar a próprio punho, trechos presentes
no Pronacampo.
Aloizio Mercadante foi quem apresentou em sua fala o Pronacampo. Disse que o programa
prevê ações para melhorar a infraestrutura das escolas e a formação dos
professores, além de ampliar o tempo de permanência dos alunos nos
colégios. Uma das metas é garantir o abastecimento de água e energia
elétrica até 2014 para cerca de 11 mil escolas que não têm rede de
esgoto nem luz elétrica. O plano também prevê a construção de 3 mil
escolas. De acordo com Mercadante, o investimento anual no Pronacampo
será R$ 1,8 bilhão.
Fala de Aloizio Mercadante. (Foto: Agência Brasil) |
Mercadante
disse que foi um “equívoco histórico” o descaso do país com as escolas
do campo. “O Brasil hoje é o segundo produtor mundial de alimentos, o
campo brasileiro exporta quase US$ 95 bilhões. O campo é o grande
responsável pela melhora das contas externas e é um equívoco não dar
prioridade para a educação no campo como aconteceu durante toda a nossa
história. É muito mais inteligente para o Brasil estimular que esses
jovens e famílias permaneçam no campo em vez de serem acomodados nas
periferias das grandes das cidades como vem acontecendo”, defendeu
Mercadante.
Dilma considera o Pronacampo estratégico para o combate à fome no Brasil. (Foto: Anselmo de Lima) |
Estão
previstas também pelo Pronacampo a distribuição de 180 mil bolsas de
estudo de educação profissional e a produção de material didático
específico com temas que tratam da realidade do campo. As obras chegarão
às escolas em 2013. Para melhorar o transporte escolar, o programa
prevê a compra de 8 mil ônibus escolares, 2 mil lanchas e 180 mil
bicicletas. Prefeituras e governos estaduais irão aderir às ações do
Pronacampo por meio de edital.
Um projeto de lei encaminhado nesta terça-feira (20) ao Congresso Nacional pela presidenta Dilma Rousseff irá mudar o mecanismo de fechamento das escolas localizadas em áreas rurais. Nos últimos cinco anos, cerca de 13 mil unidades foram fechadas. A proposta, que irá alterar a LDB - Lei de Diretrizes e Bases, estabelece que os conselhos estaduais e municipais de educação deverão ser consultados antes que o prefeito ou governador determine o encerramento das atividades de uma escola.
Um projeto de lei encaminhado nesta terça-feira (20) ao Congresso Nacional pela presidenta Dilma Rousseff irá mudar o mecanismo de fechamento das escolas localizadas em áreas rurais. Nos últimos cinco anos, cerca de 13 mil unidades foram fechadas. A proposta, que irá alterar a LDB - Lei de Diretrizes e Bases, estabelece que os conselhos estaduais e municipais de educação deverão ser consultados antes que o prefeito ou governador determine o encerramento das atividades de uma escola.
“O
fechamento terá que ser debatido no conselho de educação, com a
participação da sociedade civil. Isso seguramente levará a uma política
que respeite as escolas que têm condição de funcionar. Estamos
democratizando a decisão e transferindo para uma autorização prévia do
conselho municipal ou estadual”, explicou o ministro Mercadante.
O representante do CONEC, José Wilson Gonçalves, da CONTAG - Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, falou em nome dos movimentos sociais. "Nós queremos que a educação possa haver um desenvolvimento a partir da diversidade, da cultura, dos saberes, dos costumes, das realidades regionais. A educação precisa reconhecer neste país essa realidade que existe no campo brasileiro", defendeu. José Wilson aproveitou a oportunidade e ao quebrar o protocolo, permitiu que Antônia Vanderlucia de Oliveira Simplicio, do MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, entregasse à presidenta Dilma um kit contendo o Dicionário da Educação do Campo.
O representante do CONEC, José Wilson Gonçalves, da CONTAG - Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, falou em nome dos movimentos sociais. "Nós queremos que a educação possa haver um desenvolvimento a partir da diversidade, da cultura, dos saberes, dos costumes, das realidades regionais. A educação precisa reconhecer neste país essa realidade que existe no campo brasileiro", defendeu. José Wilson aproveitou a oportunidade e ao quebrar o protocolo, permitiu que Antônia Vanderlucia de Oliveira Simplicio, do MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, entregasse à presidenta Dilma um kit contendo o Dicionário da Educação do Campo.
Antônia Vanderlucia, do MST, entrega kit a presidenta Dilma Rousseff. (Foto: Roberto Stuckert Filho) |
Reação totalmente contrária aconteceu durante o pronunciamento de Dilma Rousseff, que foi prontamente aplaudida por uma fala carregada de simbolismo. “Estamos apostado que esta geração e, sobretudo, que uma outra geração vai se beneficiar com tudo isto, mudando a feição do campo brasileiro, garantindo que ele será um local digno de se morar”, disse a presidenta.
Dilma
destacou dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, segundo os quais uma parte significativa das pessoas
extremamente pobres que vivem país estão em áreas quilombolas e
assentamentos de reforma agrária, e disse que é preciso usar a educação
para mudar essa realidade.
“Dentro
da nossa estratégia de combate à miséria no país, este programa é um
dos eixos estratégicos, porque aposta não só em retirar as pessoas da
condição de miséria, mas em garantir que as gerações futuras tenham um
outro tipo de horizonte, de oportunidades pela frente".
Comitiva orizonense em foto com o ministro da Educação Aloizio Mercadante. (Foto: Anselmo de Lima) |
Uma
das ações do Pronacampo é a adoção de disciplinas e material escolar
específicos para as escolas das zonas rurais. Segundo a presidenta, ao
articular uma formação diferenciada, o país reconhece sua realidade, que
é rica e multidiversa e precisa ser incentivada. "E isso não se faz
sozinho, mas em parceria com governadores, com entidades representativas
do campo”, disse Dilma, enfatizando a importância dessa adaptação e da
qualificação dos professores que ensinam no meio rural.
“Este
é um daqueles momentos em que a gente tem orgulho de ser presidente da
República. Não é um orgulho qualquer, porque a mim me gratifica como
presidenta aplicar, implementar um programa que vai levar, sobretudo à
população jovem deste país, um outro destino, a possibilidade de outros
de sonhos e de mais realizações”, disse muito emocionada a presidenta.
Durante a cerimônia, Dilma Rousseff assinou medida provisória que inclui as escolas dos CEFFAs - Centros Familiares de Formação por Alternância no FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. CEFFAs são escolas que adotam a Pedagogia da Alternância como metodologia de ensino. É o caso da EFAORI. Esta é uma vitória a ser comemorada, consequência de muita luta, como comentou Antônio Baiano ao final do evento. Baiano é também presidente do Centro Social Rural de Orizona e da AEFACOT - Associação das Escolas Famílias Agrícolas do Centro-Oeste e Tocantins.
No
final do evento, a comitiva orizonense teve um momento com o ministro
Aloizio Mercadante, que externou toda a sua simpatia. Estudantes da
EFAORI e o vice-prefeito Antônio Baiano também concederam entrevista à
repórter Daniella Almeida, da NBR TV. O conteúdo a reportagem foi ao ar
na noite desta terça-feira, durante o jornal NBR Notícias."
Estudantes da EFAORI dão entrevista a repórter da NBR TV. (Foto: Anselmo de Lima) |
Durante a cerimônia, Dilma Rousseff assinou medida provisória que inclui as escolas dos CEFFAs - Centros Familiares de Formação por Alternância no FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. CEFFAs são escolas que adotam a Pedagogia da Alternância como metodologia de ensino. É o caso da EFAORI. Esta é uma vitória a ser comemorada, consequência de muita luta, como comentou Antônio Baiano ao final do evento. Baiano é também presidente do Centro Social Rural de Orizona e da AEFACOT - Associação das Escolas Famílias Agrícolas do Centro-Oeste e Tocantins.
Vice-prefeito de Orizona, Antônio Baiano, fala a repórter Daniella Almeida. (Foto: Anselmo de Lima) |
Fonte: Orizona em Foco - Texto: Anselmo de Lima