sábado, 24 de março de 2012

EFAORI NO PRONACAMPO

Estudantes da EFAORI juntamente com o professor Luciano e o Presidente do Centro Social Rural de Orizona, Antônio Baiano, participaram do laçamento do PRONACAMPO na terça feira passada (20 de março). Abaixo a matéria completa publicada no Blog Orizona em Foco, por seu brilhante editor Anselmo de Lima, atual Vice-Presidente do CSRO.

"O blog Orizona em Foco participou como convidado, através de seu editor Anselmo de Lima, do lançamento do Pronacampo - Programa Nacional de Educação do Campo, programa de governo que pretende proporcionar às gerações futuras mais oportunidades por melhorar a qualidade da educação na área rural e que segundo a presidenta Dilma Rousseff, é também uma estratégia de combate à pobreza.
O lançamento do Pronacampo foi feito por Dilma Rousseff e pelo ministro da Educação, Aloizio Mercandante. Na solenidade estavam presentes o presidente da Câmara Marco Maia, a ministra da Casa Civil Gleice Hoffmann, além de deputados, senadores, ministros de Estado e governadores (entre eles o governador de Goiás Marconi Perillo), e também diversas lideranças de movimentos sociais do campo que inclusive participaram do processo de elaboração do programa.
O monitor Luciano Alves Ferreira, juntamente com 15 estudantes da EFAORI - Escola Família Agrícola de Orizona, participaram do evento, que aconteceu na manhã desta terça-feira (20) no Salão Nobre do Palácio do Planalto. Os mesmos foram convidados diretamente e especialmente pelo ministério da Educação, que os acolheram de forma especial. Para se ter uma idéia, os jovens orizonenses já estavam sendo aguardados pelo cerimonial e sequer tiveram que passar protocolo de entrada no palácio presidencial.
José Wilson Gonçalves, da CONEC, em fala pelos movimentos sociais do campo. (Foto: Anselmo de Lima)
O vice-prefeito de Orizona Antônio Baiano e a secretária administrativa da UNEFAB - União Nacional da Escola Família Agrícola do Brasil, atualmente sediada em Orizona, também participaram da solenidade de lançamento do Pronacampo. Baiano e Iara, que são integrantes do FONEC - Fórum Nacional de Educação do Campo, inclusive reuniram em outras ocasiões com Aloizio Mercadante, para discutir com o ministro sobre o conteúdo do programa.
Outro que participou da elaboração do Pronacampo foi Luiz Peixoto, assessor pedagógico da UNEFAB e que residiu no município de Orizona por quase dois anos. Luiz, que representa a UNEFAB na CONEC - Comissão Nacional de Educação do Campo, chegou a elaborar a próprio punho, trechos presentes no Pronacampo.
Fala de Aloizio Mercadante. (Foto: Agência Brasil)
Aloizio Mercadante foi quem apresentou em sua fala o Pronacampo. Disse que o programa prevê ações para melhorar a infraestrutura das escolas e a formação dos professores, além de ampliar o tempo de permanência dos alunos nos colégios. Uma das metas é garantir o abastecimento de água e energia elétrica até 2014 para cerca de 11 mil escolas que não têm rede de esgoto nem luz elétrica. O plano também prevê a construção de 3 mil escolas. De acordo com Mercadante, o investimento anual no Pronacampo será R$ 1,8 bilhão.
Mercadante disse que foi um “equívoco histórico” o descaso do país com as escolas do campo. “O Brasil hoje é o segundo produtor mundial de alimentos, o campo brasileiro exporta quase US$ 95 bilhões. O campo é o grande responsável pela melhora das contas externas e é um equívoco não dar prioridade para a educação no campo como aconteceu durante toda a nossa história. É muito mais inteligente para o Brasil estimular que esses jovens e famílias permaneçam no campo em vez de serem acomodados nas periferias das grandes das cidades como vem acontecendo”, defendeu Mercadante.
Dilma considera o Pronacampo estratégico para o combate à fome no Brasil. (Foto: Anselmo de Lima)
Estão previstas também pelo Pronacampo a distribuição de 180 mil bolsas de estudo de educação profissional e a produção de material didático específico com temas que tratam da realidade do campo. As obras chegarão às escolas em 2013. Para melhorar o transporte escolar, o programa prevê a compra de 8 mil ônibus escolares, 2 mil lanchas e 180 mil bicicletas. Prefeituras e governos estaduais irão aderir às ações do Pronacampo por meio de edital.
Um projeto de lei encaminhado nesta terça-feira (20) ao Congresso Nacional pela presidenta Dilma Rousseff irá mudar o mecanismo de fechamento das escolas localizadas em áreas rurais. Nos últimos cinco anos, cerca de 13 mil unidades foram fechadas. A proposta, que irá alterar a LDB - Lei de Diretrizes e Bases, estabelece que os conselhos estaduais e municipais de educação deverão ser consultados antes que o prefeito ou governador determine o encerramento das atividades de uma escola.
“O fechamento terá que ser debatido no conselho de educação, com a participação da sociedade civil. Isso seguramente levará a uma política que respeite as escolas que têm condição de funcionar. Estamos democratizando a decisão e transferindo para uma autorização prévia do conselho municipal ou estadual”, explicou o ministro Mercadante.
O representante do CONEC, José Wilson Gonçalves, da CONTAG - Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, falou em nome dos movimentos sociais. "Nós queremos que a educação possa haver um desenvolvimento a partir da diversidade, da cultura, dos saberes, dos costumes, das realidades regionais. A educação precisa reconhecer neste país essa realidade que existe no campo brasileiro", defendeu. José Wilson aproveitou a oportunidade e ao quebrar o protocolo, permitiu que Antônia Vanderlucia de Oliveira Simplicio, do MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, entregasse à presidenta Dilma um kit contendo o Dicionário da Educação do Campo.
Antônia Vanderlucia, do MST, entrega kit a presidenta Dilma Rousseff. (Foto: Roberto Stuckert Filho)
Presidente da CNA - Confederação Nacional da Agricultura, a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) foi prontamente vaiada pelos presentes durante toda a sua fala. A plenária estava composta, em sua maioria, por integrantes dos movimentos sociais. Kátia, independente de sua fala, foi muito criticada por se pronunciar em uma ocasião inadequada, já que como principal referência da bancada ruralista, defende interesses contrários ao dos movimentos sociais.
Reação totalmente contrária aconteceu durante o pronunciamento de Dilma Rousseff, que foi prontamente aplaudida por uma fala carregada de simbolismo. “Estamos apostado que esta geração e, sobretudo, que uma outra geração vai se beneficiar com tudo isto, mudando a feição do campo brasileiro, garantindo que ele será um local digno de se morar”, disse a presidenta.
Dilma destacou dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, segundo os quais uma parte significativa das pessoas extremamente pobres que vivem país estão em áreas quilombolas e assentamentos de reforma agrária, e disse que é preciso usar a educação para mudar essa realidade.
Comitiva orizonense em foto com o ministro da Educação Aloizio Mercadante. (Foto: Anselmo de Lima)
“Dentro da nossa estratégia de combate à miséria no país, este programa é um dos eixos estratégicos, porque aposta não só em retirar as pessoas da condição de miséria, mas em garantir que as gerações futuras tenham um outro tipo de horizonte, de oportunidades pela frente".
Uma das ações do Pronacampo é a adoção de disciplinas e material escolar específicos para as escolas das zonas rurais. Segundo a presidenta, ao articular uma formação diferenciada, o país reconhece sua realidade, que é rica e multidiversa e precisa ser incentivada. "E isso não se faz sozinho, mas em parceria com governadores, com entidades representativas do campo”, disse Dilma, enfatizando a importância dessa adaptação e da qualificação dos professores que ensinam no meio rural.
Estudantes da EFAORI dão entrevista a repórter da NBR TV. (Foto: Anselmo de Lima)
“Este é um daqueles momentos em que a gente tem orgulho de ser presidente da República. Não é um orgulho qualquer, porque a mim me gratifica como presidenta aplicar, implementar um programa que vai levar, sobretudo à população jovem deste país, um outro destino, a possibilidade de outros de sonhos e de mais realizações”, disse muito emocionada a presidenta.
Durante a cerimônia, Dilma Rousseff assinou medida provisória que inclui as escolas dos CEFFAs - Centros Familiares de Formação por Alternância no FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. CEFFAs são escolas que adotam a Pedagogia da Alternância como metodologia de ensino. É o caso da EFAORI. Esta é uma vitória a ser comemorada, consequência de muita luta, como comentou Antônio Baiano ao final do evento. Baiano é também presidente do Centro Social Rural de Orizona e da AEFACOT - Associação das Escolas Famílias Agrícolas do Centro-Oeste e Tocantins.
Vice-prefeito de Orizona, Antônio Baiano, fala a repórter Daniella Almeida. (Foto: Anselmo de Lima)
No final do evento, a comitiva orizonense teve um momento com o ministro Aloizio Mercadante, que externou toda a sua simpatia. Estudantes da EFAORI e o vice-prefeito Antônio Baiano também concederam entrevista à repórter Daniella Almeida, da NBR TV. O conteúdo a reportagem foi ao ar na noite desta terça-feira, durante o jornal NBR Notícias."
Fonte: Orizona em Foco - Texto: Anselmo de Lima

quinta-feira, 22 de março de 2012

O Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo), lançado na manhã desta terça-feira, 20, vai oferecer apoio técnico e financeiro aos estados, Distrito Federal e municípios para implementação da política de educação do campo. O lançamento, no Palácio do Planalto, teve a participação da presidenta da República, Dilma Rousseff, e do ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Para a presidenta, o papel do Pronacampo é assegurar oportunidades para a população do campo. “Nós estamos apostando que uma nova geração vai se beneficiar de tudo que fazemos nesta, mudando a feição do campo brasileiro e garantindo que ele será um lugar digno e de qualidade para se morar e se criar os filhos”, afirmou Dilma.
De acordo com o ministro, o Brasil é um grande produtor de alimentos, mas tem uma dívida com as populações camponesas. “Nós temos, aproximadamente, 30 milhões de pessoas que vivem no campo, o Brasil é a segunda maior agricultura do mundo, produz 300 bilhões de dólares e exporta quase 95 bilhões de dólares, no entanto nós não temos uma política específica de educação para a população que vive no campo brasileiro”, disse Mercadante.
No Brasil existem 76 mil escolas rurais, com mais de 6,2 milhões de matrículas e 342 mil professores. O Pronacampo vai estabelecer um conjunto de ações articuladas que atenderá escolas do campo e quilombolas em quatro eixos: gestão e práticas pedagógicas, formação de professores, educação de jovens e adultos e educação profissional e tecnológica.
Entre as ações previstas no programa estão o fortalecimento da escola do campo e quilombola, que já em 2013 receberá material pedagógico adequado às especificidades da vida do campo. Por meio do programa Mais Educação, 10 mil escolas do campo passaram a oferecer educação integral.
Professores – Serão oferecidos cursos de licenciatura para formação de professores e cursos de aperfeiçoamento. Na área rural, 46,8% dos professores não tem licenciatura. Serão estabelecidos 200 polos da Universidade Aberta do Brasil (UAB) para auxiliar na formação desses professores.
O programa prevê a oferta de 180 mil vagas pelo Pronatec Campo (parte do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, Pronatec) para formação tecnológica de jovens e trabalhadores do campo, a construção de 3 mil novas escolas e investimentos em infraestrutura.
Durante a cerimônia, Dilma Rousseff assinou medida provisória que inclui as escolas dos Centros Familiares de Formação por Alternância (CEFFAS) no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Também foi encaminhado ao Legislativo projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), estabelecendo medidas referentes ao fechamento das escolas do campo e exigindo que os conselhos escolares sejam ouvidos.

Retirado do Sítio da EMATER-GO
Lançamento do Programa Nacional de Educação do Campo



quarta-feira, 21 de março de 2012

Nova Industria de Fertilizantes em Orizona

Mais uma notícias bastante relevante para o município de Orizona: dentro de cerca de dois meses uma nova indústria de fertilizantes deverá se instalar no DAIO - Distrito Agroindustrial de Orizona, onde fará a mistura dos insumos para a agropecuária.
Segundo informações colhidas na cidade, a indústria química deverá utilizar as instalações da Adubos Moema, em um processo de parceria. Inicialmente, a Fertiplan - Fertilizantes Planalto seria a empresa a se instalar no empreendimento, localizado na GO-330, próximo ao trevo de Orizona. Porém, segundo novas informações, repassadas por Edmilson José de Lima, uma nova indústria estaria pronta para vir e ocupar a infraestrutura.
Edmilson, que foi um funcionário da antiga Moema e que ainda hoje dá manutenção no local e cuida do barracão, disse que não é possível precisar a quantidade de empregos que serão gerados e quantas pessoas serão contratadas localmente, mas mesmo assim, tem recebido currículos de candidatos a uma vaga de trabalho.
Fonte: Orizona em Foco / Texto: Anselmo de Lima