quarta-feira, 13 de julho de 2011

Fique por dentro - Mel de abelhas


O mel na história

Na pré-história, o alimento ingerido era uma mistura de mel, pólen e cera, pois o homem ainda não sabia separar tais substâncias. E para quem vivia naquela época não era tão fácil assim encontrar o tão cobiçado líquido dourado. Isso exigia uma boa dose de coragem e disposição para localizar os enxames, que muitas vezes se aninhavam em locais de difícil acesso. Tarefa simplificada pelos egípcios que, por volta de 2 400 anos a.C., conseguiam confinar as abelhas em potes de barro para levá-las para casa. Apesar de os egípcios serem considerados os pioneiros na criação de abelhas, a palavra colmeia vem do grego - pois foi esse povo quem colocou seus enxames em recipientes com formato de sino feitos de palha trançada, os chamados colmo. Na Antigüidade, as abelhas já eram consideradas sagradas para algumas civilizações. E com o tempo, elas também passaram a assumir importância econômica e serem consideradas símbolos de poder para reis, papas, cardeais, duques, condes e príncipes - aparecendo em brasões, cetros, coroas, moedas e mantos reais.

Sobre as abelhas

De acordo com o apicultor e estudioso mineiro Gil Barreto, a espécie de abelha faz diferença na qualidade e no tipo de mel. "O que temos hoje, no Brasil, são abelhas africanizadas com ferrão (as mais comuns), híbridas de européias com africanas e as nativas sem ferrão", diz Barreto. A abelha com ferrão veio para diversas partes da América com os colonizadores e, no Brasil, foram os padres jesuítas que a trouxeram por volta do século 19. Durante anos a abelha européia foi criada por apicultores sem muito sucesso. Em 1956, o Governo Federal enviou uma equipe de especialistas para a África, com o intuito de estudar e trazer algumas rainhas, do mesmo gênero que a européia, mas de uma raça com comportamento diferente, que se adaptasse melhor ao nosso clima.  Alguns desses enxames escaparam e durante décadas propiciaram a africanização de praticamente todo o continente americano, exceto nas regiões mais frias, como Andes, Patagônia e determinadas áreas dos Estados Unidos e Canadá.

Produtos extraídos do mel
  • Própolis
Tipo de resina, colhida pelas abelhas nos gomos, botões e hastes das plantas. Essa substância possui qualidades antibióticas, analgésicas e anti-sépticas.
  • Cera
Produzida pelas glândulas do abdômen das abelhas operárias e utilizada para a construção dos favos. Ela é usada para fabricar velas de alta qualidade, pastas de polimento e indispensável na indústria de componentes eletrônicos e na farmacêutica.
  • Geléia Real
Substância gelatinosa, de cor clara, produzida pelas glândulas de abelhas jovens, que vai alimentar larvas e rainha nas colméias.

  • Pólen
Coletado pelas abelhas campeiras nas primeiras horas da manhã e transportado para o interior da colmeia em forma de bolotas, que são depositadas no interior das células de armazenamento. É rico em substâncias gordurosas, minerais, vitaminas e fermentos.

Valor nutricional

O mel sempre foi consumido também por suas propriedades terapêuticas. De modo geral, é constituído de cerca de 75%, por açúcares simples (glicose e frutose) e 20 % de água. É também composto de minerais (cálcio, cobre, ferro, magnésio, fósforo, potássio, entre outros) e vitaminas do complexo B, vitamina A, C e E, além de substâncias que agem como antibióticos naturais.

Restrições de consumo

A única restrição é para crianças com menos de um ano de idade, que ainda possuem o sistema imunológico em formação e podem desenvolver alergia. Para os diabéticos, o consumo deve ser moderado, pois o mel tem a mesma quantidade de carboidratos do açúcar comum (sacarose).

O consumo de mel no mundo

Suíça - 1500 gramas/habitante/ano
Alemanha - 960 gramas/habitante/ano
EUA - 910 gramas/habitante/ano
Brasil - 60 gramas/habitante/anoFonte: XIV Congresso Brasileiro de Apicultura (2002), citado na Revista SEBRAE AGRONEGÓCIOS, maio de 2006.

Avaliação minuciosa

Para se certificar da pureza de cada tipo de mel são necessárias diversas análises laboratoriais físico-químicas e microscópicas. Mas no supermercado, basta procurar pelo número do SIF (Serviço de Inspeção Federal), concedido pelo Ministério da Agricultura.
"É importante saber a origem do produto para se ter a certeza de que é puro, sem adulteração nem substâncias tóxicas", diz a nutricionista Anita Sachs. Ela explica que, ao contrário do que se pensa, a cristalização (separação dos açúcares naturais) não revela a pureza do mel. Ela apenas é mais lenta ou rápida, dependendo da florada ou da temperatura (em torno de 14 ºC começa a solidificar) a que o produto for exposto.

Por que o mel cristaliza?

A cristalização é a agregação das moléculas de glicose presentes no mel, que em determinadas circunstâncias promovem a solidificação do produto. O mel cristalizado pode ser consumido sem nenhuma alteração em suas propriedades, mas se preferir o estado mais líquido, pode levá-lo ao banho-maria, até no máximo 45 ºC, ligando e desligando o fogo até que ele fique mais fluido.

Receitas agridoces

Na África, o cuscuz marroquino, a pastilla (torta preparada com carne de pombo, amêndoas e mel) e o cordeiro assado são alguns exemplos de salgados que utilizam o mel de forma equilibrada. Utilizado em pratos doces e agridoces, o ingredientes também serve para pincelar assados, como lombo de porco, cordeiro ou peru. E ainda pode enriquecer iogurtes, vitaminas, molhos para saladas, e acompanhar queijos, ricota e torradas.

Xô, formigas!

Para afastar as formigas, basta manter o pote sobre um pires ou outro recipiente com água.


2 comentários:

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Marcelo Durigan disse...

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