terça-feira, 14 de junho de 2011

Alimentos: Aumento da produtividade x Qualidade

Muito se fala sobre o aumento da produtividade agrícola para alimentar a crescente população humana do mundo. Porém, pouco se aborda a qualidade dessa alimentação disponível hoje. Foi justamente esse o enfoque do artigo “Better food, not just more”, publicado recentemente no informativo australiano Farm Weekly.

Algumas pesquisas demonstram que a quantidade e a qualidade dos nutrientes presentes na alimentação caíram nos últimos anos.

Um estudo realizado em 2004 pela Universidade do
Texas no Instituto de Bioquímica, por exemplo, constatou que, entre 1950 e 1999, seis nutrientes essenciais encontrados em 43 produtos tiveram queda significativa de 20% de vitamina C, 16% de cálcio e 38% de riboflavina (fonte de vitamina B). Em 2006, o Departamento de Agricultura dos EUA fez uma comparação entre nutrientes em variedades de grãos mais antigas e modernas. Os pesquisadores descobriram que, comparado com as variedades de 130 anos atrás, o trigo norte-americano tem 36% menos selênio, 34% menos zinco e 28% menos ferro.

Já em 2008, o centro de pesquisa agrícola britânico
Rothamsted Research Station fez uma análise semelhante em dados de 130 anos e descobriu que, em média, os grãos de hoje contém de 20 a 30% menos zinco, ferro, cobre e magnésio.
Esses resultados são evidências de que os alimentos de hoje são menos nutritivos do que costumavam ser.

Em outras palavras, isso significa que, em muitos casos, cada pedaço de comida que você come hoje tem menos nutrientes do que uma mordida do mesmo alimento que o seu avô comeu.

Como os corpos ainda querem os mesmos nutrientes, o que as pessoas fazem hoje? Comem mais para compensar a diferença e isso vem gerando uma grande onda de obesidade no mundo. Alimentos pobres em nutrientes não satisfazem e, por isso, as pessoas comem em maior quantidade. Essa reflexão é muito importante de ser feita para que uma maior produtividade agrícola não seja vista somente pela maior quantidade de alimentos disponíveis e, sim, que se reflita realmente em alimentos mais nutritivos e saudáveis para a população mundial. (fonte: http://www.agristar.com.br/garden/artigo/noticia.htm)

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