segunda-feira, 6 de junho de 2011

SUSTENTABILIDADE E A CIÊNCIA DO CAMPO



A agricultura sustentável prossegue três objetivos principais: a conservação do meio ambiente, unidades agrícolas lucrativas, e a criação de comunidades agrícolas prósperas. Estes objetivos têm sido definidos de acordo com diversas filosofias, práticas e políticas, tanto sob o ponto de vista do agricultor como do consumidor. Refere-se, portanto, à capacidade que uma determinada unidade agrícola (ou, numa perspectiva global, o próprio planeta) tem de continuar a produzir, numa sucessão sem fim, com um mínimo de aquisições do exterior. As plantas cultivadas dependem dos sais minerais presentes no solo, na água, no ar e na luz do sol como recursos para produzir o seu próprio alimento, através da fotossíntese. Esse alimento (o amido, e não só) é também a base da alimentação humana. Quando é feita a colheita, o agricultor está a recolher aquilo que foi permitido à planta produzir com os recursos que tinha à sua disposição. Recursos esses que têm de ser repostos para que o ciclo de produção continue. Caso contrário, existe a sua exaustão e a terra torna-se estéril. Ainda que a luz do sol, o ar e a chuva estejam, praticamente, disponíveis na maior parte das localizações geográficas do planeta, os nutrientes presentes no solo são facilmente exauríveis. As práticas de manejo científico que se baseiam em uma inspeção freqüente e detalhada das condições de cultivos fomentam também a sustentabilidade agrícola. Mediante o uso de computadores faz-se a continuação dos níveis de nutrientes, do solo e da captação pelas plantas cultivadas. Assim, os agricultores podem administrar doses precisas de fertilizantes e pesticidas que não sejam ambientalmente danosos, para assim reduzir o excedente de nutrientes liberados no meio ambiente. Caso se utilize controles biológicos, como parasitas e predadores, o agricultor pode prescindir de pesticidas químicos. (Eng. Agrônomo Prof. José Antônio de Paula Oliveira)

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